quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O Amor por princípio, a Ordem por base e o Progresso por fim!


Essa frase é de Augusto Comte, e ao lê-la não pude deixar de observar que o mesmo pensamento de Comte que norteou os dizeres da bandeira brasileira, em pese sua erudição e os anseios da república brasileira, foi e ainda é uma meta difícil de alcançar, entre amarguras, sobressaltos, tempos de alegria, esperança e também tempos de ansiedade, é algo que buscamos ainda hoje.

Mas, o que me fez refletir um pouco sobre esse pensamento foi a primeira frase- amor por princípio- fundamento não só de uma república, mas para alicerçar uma vida e não falo de amor a alguém, que pode ser passageiro e momentâneo e que não nos servem de parâmetro, senão em primeiro lugar de amor a si próprio na busca da medida certa para que ele não sirva como desculpas ao egoísmo, e sim para termos respeito por quem somos, por quem nos tornamos, se nos mantivermos na sequencia indicada por Comte, penso que o progresso e o sucesso serão a colheita dos frutos que plantamos no nosso dia-a-dia. E ai, todo o amor que somos capazes de dar e sentir, será intenso, profundo e com um significado único, sem cobranças, sem fantasias, sem demagogias.

Difícil?? Será que a autocrítica é a mais difícil de todas nossas experiências?? Porque é tão simples apontarmos a solução de problemas alheios, e não temos a mesma clareza quando observamos a nós mesmos?

Um comentário:

  1. Atenção freqüentadora assíduas deste blog!!! Peruas em potencial!!!
    É momento de mantermos nossas raízes em cor natural!!!
    Grandes pensadores estão adentrando o universo de Agridoce30+!!!! hehe...
    Peruas, sim! Mas altamente eruditas!!!
    Mas falando bem sério agora, a frase citada é muito profunda! E se serviu de norte à conduta de um povo (vamos deixar pra lá a triste realidade de que não vem mostrando muito resultado), antes de mais nada, deveria nortear as condutas de nossas famílias, começando em cada um de nós...
    Se fosse há um tempo atrás, eu não levaria muita fé no princípio do amor...
    Mas, o universo se move, e alguma coisa começa a entrar em nossas cabecinhas...
    Sou adepta da doutrina espírita kardecista e nela procuro explicação pra uma série de fenômenos corriqueiros. Sei que assuntar religião em um blog pode ser perigoso (assim como política ou futebol)... mas não pretendo defender este ou aquele pensamento. Apenas pretendo justificar porque lendo isso agora, obrigo-me a concordar com Comte (pretensão absurda seria discordar, né? hehe...).
    O fato é que agora eu sei que até o amor sofre influência da maior dádiva que nos foi concedida: o livre arbítrio.
    Ora, se nem isso nos é imposto por um sistema “energético” pré-estabelecido, podemos sim principiar nossas ações e condutas nesse sentimento!
    Já no campo da discussão acerca do amor próprio, tenho que o autoconhecimento seja a forma mais eficaz de alcançar o cuidado consigo mesmo.
    No meu caso, me descobrindo, conclui que a solidão me faz mal.
    Portanto, não existe falta de amor próprio no fato de eu desejar imensamente dividir minha vida, meu trabalho, minhas atividades “extracurriculares” com alguém que complete as minhas reconhecidas deficiências.
    Aliás, é prova de amor próprio o reconhecimento das limitações. Dessa forma, não vou abraçar mais do que eu possa carregar, me poupando de futuras e ácidas frustrações.
    Quanto à apreciação de problemas alheios, é definitivamente mais fácil do que tentar solução pros nossos. E por uma razão bem simples: a paixão “emburrece”. E problemas também apaixonam. Digam minhas amigas mais próximas qual tem sido meu único assunto nas últimas semanas? Vou encontrar solução pra isso enquanto estiver vivendo tão intensamente todas essas dúvidas e frustrações? Não, não vou!
    Do contrário, quando temos a pretensão de tentar resolver um problema alheio, supomos vitórias onde na maioria das vezes não passamos de meras ouvintes. Não nos damos conta de que a solução do problema da amiga pode estar apenas em dividir o peso do fardo que ela estiver carregando, apenas ouvindo suas lamúrias e lamentações.
    Uma vez me disseram que quando alguém tem um problema e nos pede ajuda, temos que nos manter lúcidos a ponto de não nos jogarmos também pra dentro daquele turbilhão. Mas aqui de fora, estender a mão pra puxar o amigo que está enrolado. Isso explica tudo. Do lado de fora, temos uma visão mais clara e ampla da situação.
    Encerrando o raciocínio: não acredito mesmo é naquele história de “se eu estivesse no teu lugar, tomaria tal posição”!!! A verdade é que o tapa só dói na cara de quem leva. Ninguém pode afirmar que faria isso ou aquilo em determinada situação. Vou me policiar mais... vou me restringir a ouvir, dividir o peso do fardo... só!

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