quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mais um dos questionamentos da modernidade......Estamos destinados a viver só?


Esse é um questionamento que tem ocupado a reflexão de muitos amigos e amigas, me senti tão envolvida por tais “questões da modernidade” que arrisquei algumas considerações sobre o tema.

Depois de tantas lutas pela liberdade de expressão, sexual, pelos direitos da mulher, chegamos à virada do milênio com a satisfação de termos alçados muitos vôos, hoje, quase 10 anos depois dessa virada temos a impressão que o amor, apesar de sua incessante busca, está maquiado, caricaturado diante de tantas inovações da globalização, os relacionamentos online viraram a nova mania mundial, a velocidade com que acontece a globalização é acompanhada pela velocidade das paixões.

Paradoxalmente temos mais liberdade e aparentemente menos felicidade, sua busca incessante não encontra barreiras, e incrivelmente, a maior ausência que encontramos não é de sexo, mas de intimidade, de caminhar de mãos dadas, de ouvir e sermos ouvidos, de simplesmente dormir num abraço aconchegado.

Em algum momento dessa evolução nos perdemos de detalhes muitos importantes, como as conquistas, a ansiedade para apenas vermos alguém, e a satisfação de vislumbrar um sorriso. Coisas simples, mas com grande significado e fazem toda a diferença para o sucesso dos relacionamentos.

Neste cenário convivemos com grandes performances, culto exagerado ao corpo e ao sexo, a cada noite bem “sucedida”, temos em contrapartida semanas ou meses de estados melancólicos de depressivos pela falta de “algo a mais”. Onde estão àquelas longas conversas que nos fazem sonhar, viajar em pensamentos aos locais mais longínquos e profundos de nosso ser....