Esse é um questionamento que tem ocupado a reflexão de muitos amigos e amigas, me senti tão envolvida por tais “questões da modernidade” que arrisquei algumas considerações sobre o tema.
Depois de tantas lutas pela liberdade de expressão, sexual, pelos direitos da mulher, chegamos à virada do milênio com a satisfação de termos alçados muitos vôos, hoje, quase 10 anos depois dessa virada temos a impressão que o amor, apesar de sua incessante busca, está maquiado, caricaturado diante de tantas inovações da globalização, os relacionamentos online viraram a nova mania mundial, a velocidade com que acontece a globalização é acompanhada pela velocidade das paixões.
Paradoxalmente temos mais liberdade e aparentemente menos felicidade, sua busca incessante não encontra barreiras, e incrivelmente, a maior ausência que encontramos não é de sexo, mas de intimidade, de caminhar de mãos dadas, de ouvir e sermos ouvidos, de simplesmente dormir num abraço aconchegado.
Em algum momento dessa evolução nos perdemos de detalhes muitos importantes, como as conquistas, a ansiedade para apenas vermos alguém, e a satisfação de vislumbrar um sorriso. Coisas simples, mas com grande significado e fazem toda a diferença para o sucesso dos relacionamentos.
Neste cenário convivemos com grandes performances, culto exagerado ao corpo e ao sexo, a cada noite bem “sucedida”, temos em contrapartida semanas ou meses de estados melancólicos de depressivos pela falta de “algo a mais”. Onde estão àquelas longas conversas que nos fazem sonhar, viajar em pensamentos aos locais mais longínquos e profundos de nosso ser....
Acredito que essas indagações sejam gerais...
ResponderExcluirNão raro se vê alguém reclamando de que bancos e operadoras de telefonia não disponibilizam pessoas para nos atender!
Isso é carência!
Dias corridos, metas distantes, exigências do meio!
Porém, nas relações, cada contato é uma tentativa de acertar!
Mas infelizmente, caminhamos ao sabor das águas, sucumbimos ao comportamento das massas!
Nos impomos comportamentos socialmente aceitáveis, adequados ao meio em que vivemos!
Casar e ter filhos é exigência do meio.
Resolver apostar na carreira é exigência do meio.
Tentar fazer tudo ao mesmo tempo é exigência do meio.
Somos frutos de uma geração e de uma sociedade cujos valores e padrões são múltiplos e geralmente equivocados.
Talvez, ouvir o próprio peito seja o mais certo a fazer... não sem antes se preparar para as inevitáveis críticas!
É a velha história do velho, a criança e o burro. Pobre burrinho, carregando duas pessoas! Ou, por que o velho e a criança não montam no burro ao invés de caminharem ao seu lado? Ou ainda, mas que absurdo, o velho montado e a criança caminhando! Ou ainda, pobre velho cansado e caminhando ao lado do burro onde a criança bem disposta está montada!
Não se preocupe em agradar gregos e troianos!
Se preocupe em satisfazer apenas seu próprio conceito de moral, justiça, felicidade... seu próprio conceito de amor... O único cuidado deve ser a consciência de que há outras pessoas dançando no baile da vida e não temos o direito de lhes impedir realizar suas acrobacias, e muito menos o direito de lhes pisar os pés...